As águas do mar balançam conforme a força do vento. A praia pouco a pouco vai-se enchendo de gente . Não é aconselhável tomar banho, os banhistas já tinham colocado a bandeira vermelha, sinal que o mar está revolto.
As crianças brincam na areia, alguns mais afoitos afastam-se da mãe que logo o chama para junto de si. Passa o homem dos gelados, mãe compra um diz o pequeno. Compro, e os outros meninos também tiveram direito a um gelado.
O mar fazia algumas poças de água onde os mais pequenos brincavam , ora enchendo os pequenos baldes com água e na brincadeira molhavam os pés às respectivas mães. Também com a água que enchiam os baldes despejavam na areia seca e faziam castelos, que entretanto eram desmanchados por meninos mais crescidos e mais reguilas. O mais pequenino não conseguia encher o balde e por isso não fazia castelos.
A menina de fato de banho cor de rosa e lindas tranças louras, jogava à bola com outra menina.
Vem um rapaz com cara de mau e tirou-lhes a bola e fugiu com ela.
Um senhor que tinha presenciado a cena e como tinha uma bola a mais, ofereceu -a à menina das tranças. O choro acabou. Havia um casal que não parava de fumar e não prestava atenção ao filho. Este foi andando, andando e foi encontrado pelo banhista no outro extremo da praia O vício dos pais quase permitiu que a criança desaparecesse. Mas serviu para estarem mais atentos no futuro.
Há outro banhista que trouxe o seu animal de estimação para a praia. O cão de porte alto não parava de correr e saltar, a ponto que assustou muitos meninos e adultos.
Há uma criança que não pára de chorar porque o cão lhe roubou o biscoito que estava a comer.
Apareceu a guarda marítima e multou o dono do cão, pois não é permitido levar animais para a praia, principalmente na época estival.
O homem das bolas de Berlim apregoava, mas como estas tinham creme não houve compradores.
A Filipa é teimosa e a mãe grita-lhe: não vais para dentro de água. Ó mãe os outros meninos estão lá. Os outros não são meus filhos e a bandeira continua vermelha.
Nisto desaparece o sol, e no seu lugar cai sobre o areal um denso nevoeiro, que mal as pessoas se viam umas às outras. Vestem rapidamente as suas roupas e agasalham as crianças.
A Rita grita porque a irmã atira-lhe areia. O pai não responde , pois mesmo com nevoeiro continua deitado de barriga para o ar, e a mãe ralha.
Levanta-se com dificuldade, enrolam as toalhas depois de serem sacudidas, O pai recolhe o chapéu de sol de cores variadas, a mãe carrega com o cesto do lanche e as crianças cada qual leva as suas chinelas.
A praia fica mais vazia e o nevoeiro adensa-se.
Uma mãe chama pelo filho , pois o nevoeiro não permite que o veja, mas a criança estava a dois passos do lugar.
Lá longe no mar, há alguns surfistas que mesmo em tarde de nevoeiro não prescindem do seu desporto favorito.
Os banhistas mais teimosos recusam ir para casa , pois muitos vieram de longe e sempre há esperança que o tempo melhore.
Há uma criança que perde um sapato e teve que regressar com um sapato a menos. O bebé
deixou caír a xuxa, mas com o nevoeiro não foi possível encontrá-la, adormeceu de tanto chorar.
Se regressarem no próximo domingo, pode ser que já nem se lembrem do nevoeiro, e haverá mais peripécias para contar. Até lá.
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