visitantes

terça-feira, 31 de maio de 2011

Aquele canto

Alguém canta à minha janela,
o sol bate forte nela,
levanto-me e fico encandeada,
nada vejo, volto a deitar-me
a tal serenata volto a ouvir,
não consigo dormir.
Quem será que canta assim
um canto tão belo?
Vou pé ante pé,
penso, quem poderá sê-lo?
Antes da janela abrir
vejo um lindo canário fugir!

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Já criança não sou

criança não sou,
deixei o tempo passar
tudo o que restou,
não deu para recordar
e o que passou, passou-

Por vezes, dou comigo a chorar
deixei de brincar nas ruas,
de à corda saltar,
de ver as árvores nuas
e a água das fontes jorrar.

A infância foi feliz
pois brincava a meu gosto,
agora o que por aí se diz
já ninguém brinca como eu brinquei,
por isso tive uma infância feliz.

Esquecia-me das refeições,
mesmo quando para tal era chamada,
tinha o meu núcleo de amigas,
não tinha preocupações
não queria saber de nada.

Hoje estou revoltada
porque não soube pôr um travão no tempo,
seria sempre criança
não queria saber de nada,
e ninguém ouviria um lamento!