visitantes

sábado, 14 de março de 2009

Já não vejo

Já não vejo as searas / que deixei no Alentejo, / já não vejo os caminhos / nem fontes e barrancos / nem ninhos de passarinhos.

Não vejo as mondadeiras / nem vejo as ceifeiras, / não vejo as belas eiras / não vejo as seareiras, / nem vejo as lavadeiras.

Já ninguém vai à fonte / buscar água fresquinha / não há ninguém no monte, / ninguém vai ao moinho / trocar trigo por farinha.

O Alentejo que vejo / não é aquela que deixei / também não há risos / na escola onde andei.

Rodei a esfera do tempo / e agora o que vejo? / uma lágrima , / um lamento, na face do Alentejo!

segunda-feira, 2 de março de 2009

TU

Procurei-te com meus braços,/ não me quiseste abraçar, / ofereci-te a minha boca / desviaste o teu olhar.

Quis dar-te o meu amor, / um passo deste atrás, / só vi em ti rancor, / e daquilo que és capaz.

Fizeste pouco da minha dor, / isso não se faz, / mesmo quando não há amor, / não queres dar não dás, / mas não troces por favor!