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terça-feira, 16 de setembro de 2008

Quem te disse

Quem te disse Alentejo / que és um povo pobre e triste, / talvez fosse a brincar, / tu não respondeste, ris-te / só estavam a mangar !

Não és pobre nem triste, / porque tens a grande riqueza, / de veres o trigo crescer, / e o pão da tua mesa , / fizeste para o merecer.

Trabalhas de manhãzinha / com a frescura do vento, / descansas pela tardinha, / retemperas o alento / e voltas pela noitinha.

Tua riqueza é a liberdade, / que encontras nesses teus montes, e podes gritar à vontade / que todos os vales e montes / sentirão a tua humildade.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Já me não pegas na mão

Já me não pegas na mão, / quando a rua atravesso, / um vai à frente, outro atrás / estás virado ao avesso.
O tempo vai passando / a memoria vamos perdendo, / Talvez assim seja melhor, / e pouco a pouco vamos morrendo.
O amor quando é falso / nota-se no primeiro beijo, / sobe-se ao cadafalso / e não se sente desejo.
Mas quando é verdadeiro, / nota-se logo à partida / aquele primeiro beijo, / não se esquece toda a vida.

Longe vai o dia

Longe vai o dia, em que te conheci /atravessavas uma rua / quando olhei para ti.
Teus olhos me olharam / com muito brilho e luz, /quase que me encandeavam / quando no chão os pés pus.
Seguraste a minha mão, / para eu não cair, / nem olhei para o chão / e dei contigo a sorrir.
Sorriso gaiato e maroto, / nos quais eu acreditei , / mas a vida pouco a pouco / me disse, que me enganei.
Agora não posso voltar, /para traz é impossível / aquele sorriso de então, existe, / mas é invisível.