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domingo, 19 de outubro de 2008

Quando te deixei Alentejo

Quando te deixei Alentejo,
não sabia o que era a saudade,
agora que o tempo passou
posso dizer de verdade
que a saudade em mim morou!

Alentejo tão grande e distante,
ensinaste-me o que era a saudade,
ao deixar -te desconhecia
que a saudade é fogo que arde
juntamente com a nostalgia!

Sinto saudades dos teus campos
das searas de louro trigo,
das águas frescas das fontes
de alguém, de um amigo
que deixei nesses teus montes.

Até do sol tenho saudades,
e das cantigas que aprendi,
foste tu que me ensinaste
que quando o Alentejo canta
é a saudade que mora em ti!

Serias tu Alentejo
com os teus mornos cantares,
anda diz-me a verdade,
não vale a pena ocultares,
inventaste a Saudade?

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